terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Sprays poéticos

Tenho encontrado grafites que me emocionam como poemas visuais. As vezes, eles são acompanhados por uma frase, um verso, uma palavra, uma mensagem escrita que se integra à expressão gráfica, pictórica, e o diálogo fica perfeito.


O grafite que vi na Rua Sabará, em Higienópolis, no muro de um estacionamento, trazia algo mais. Um carimbo, uma marca: Sprays Poéticos. Fiquei encantada com a proposta. Fui investigar e achei o projeto de Rica P, da produtora A Caravana. A idéia foi convidar artistas feras do stencil para que interpretassem poemas de Alice Ruiz, Paulo Leminski, Valeria Andrade e do próprio Rica P. Os Sprays Poéticos foram fotografados por Beto Riginik e o trabalho foi apresentado numa exposição na Casa das Rosas. Pra minha decepção, isso tudo rolou em meados de 2006. Perdi.


Esse que fotografei é do Celso Gitahy e da Valeria Andrade. Passei por lá esses dias e o grafite não existe mais. O muro foi pintado. Está todo branco esperando outras artes. Efêmeras. Como tudo.

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