quarta-feira, 26 de março de 2008

èpa bàbá - salve Oxalá


Oxalufã, o sábio e velho Oxalá

Há muito tempo, a Morte instalou-se numa cidade e dali não quis mais ir embora. A mortandade que ela provocava era sem tamanho e todas as pessoas do lugar estavam apavoradas. A cada instante tombava mais um morto. Para a Morte não fazia diferença alguma se o defunto fosse homem ou mulher, se o falecido fosse velho, adulto ou criança.

A população, desesperada e impotente, recorreu a Oxalá, rogando-lhe que ajudasse o povo daquela infeliz cidade. Oxalá, então, mandou que fizessem oferendas, que ofertassem uma galinha preta e o pó de giz efum.

Fizeram tudo como ordenava Oxalá. Com o efum pintaram as pontas das penas da galinha preta e em seguida a soltaram no mercado. Quando a Morte viu aquele estranho bicho, assustou-se e imediatamente foi-se embora, deixando em paz o povo daquela cidade.

Foi assim que Oxalá fez surgir a galinha d’angola. Desde então, as iaôs, sacerdotisas dos orixás, são pintadas como ela para que todos se lembrem da sabedoria de Oxalá e da sua compaixão.
(mitologia dos orixás - reginaldo prandi)

Oxaguiã, Oxalá jovem e guerreiro

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