Odeio filas e raramente consigo me livrar delas. Fazemos fila pra tudo. É fila no banco, no restaurante, no ponto de ônibus, no banheiro, no cinema, no hospital, no supermercado. Tem até fila para cumprimentos, beija-mão. As maiores são as filas para disputar uma vaga de emprego. Ou aquelas para receber seguro desemprego. E a fila da escola? Nessa não adiantava chegar cedo. Cumprida como eu era, estava sempre entre os últimos.
Há filas de vários formatos. A indiana – não sei porque deram esse nome – é um ordenamento em forma de linha, mais ou menos reta. Podemos encontrar variações em caracol e em ziguezague. Também é muito comum a fila jibóia que vai engolindo amigos e conhecidos e cresce toda encaroçada. Tem fila que não parece fila, mas quando alguém tenta passar na frente de outro, o bolo todo reclama porque parece que todos sabem a ordem de chegada. Tem gente que faz fila até quando os lugares já estão numerados, nomeados, especificados, determinados. Será que é tesão pela coisa? O certo é que a fila virou um ambiente urbano. Rola de tudo: impaciência, submissão, protestos localizados, paqueras, infinitas possibilidades de comunicação.
Para expressar esse fenômeno, as artistas plásticas Gigi Manfrinato e Sandra Lee elaboraram a instalação Fila. São 28 esculturas em tamanho natural, representando os mais variados tipos da cidade. A instalação estará no Sesc Consolação até 15/12.
Há filas de vários formatos. A indiana – não sei porque deram esse nome – é um ordenamento em forma de linha, mais ou menos reta. Podemos encontrar variações em caracol e em ziguezague. Também é muito comum a fila jibóia que vai engolindo amigos e conhecidos e cresce toda encaroçada. Tem fila que não parece fila, mas quando alguém tenta passar na frente de outro, o bolo todo reclama porque parece que todos sabem a ordem de chegada. Tem gente que faz fila até quando os lugares já estão numerados, nomeados, especificados, determinados. Será que é tesão pela coisa? O certo é que a fila virou um ambiente urbano. Rola de tudo: impaciência, submissão, protestos localizados, paqueras, infinitas possibilidades de comunicação.
Para expressar esse fenômeno, as artistas plásticas Gigi Manfrinato e Sandra Lee elaboraram a instalação Fila. São 28 esculturas em tamanho natural, representando os mais variados tipos da cidade. A instalação estará no Sesc Consolação até 15/12.
5 comentários:
Muuuuuuuuito bom! Como você, também ODEIO fila! Só com intervenções bem humoradas como esta para suportar tanta chatice e rigidez. Elas, pelo menos, nos ajudam a rir de nós mesmos!
Beijo
"Certas canções que ouço
cabem tão dentro de mim
que perguntar carece:
- Como não fui eu que fiz?"
Rô:
Tudo muito lindo!!! só parafraseando mesmo pra eu conseguir expressar como é tocante a sua arte! Parabéns! (não sem uma pontica de inveja...)
Beijo,
Vera
Rose, que grata surpresa, minha amiga. Simplesmente maravilhoso! Texto e imagens perfeitos.
Quem gosta de filas, hein?
Parabéns pelo belo blog, querida.
Sempre que escrever, me envie o link.
Beijo carinhoso e linda semana.
Na maioria das vezes também ODEIO filas, mas prá toda regra... Algumas filas nas baladas valem mais que a própria balada.
Muito legal o seu blog. As vezes precisamos de um espaço para soltar nossos demônios.
Super-beijos
Valeu, fui
Muito boas as fotos e a idéia da artista plástica! Adorei tudo! E também odeio filas! Bjs.
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