quinta-feira, 10 de junho de 2010

para um poema de roseana murray (2)


que a poesia
apanhe apenas o invisível
em sua rede de nuvens e vento
por exemplo
o leve lamento que atravessa a casa
quando o passado invade
tudo de repente
e com sua teia transparente
paralisa o gesto
no meio do movimento

que a poesia diga
o que não pode ser dito
pedra e sentimento

4 comentários:

Janaína Leslão disse...

já tava com saudade de suas associações! hehe

Rose Sztibe disse...

Obrigada, querida!!!!

VELOSO disse...

PARABENS! Sua arte é sempre dez!

AC disse...

O não dizer que diz, o sentir (não) dizendo...

Gostei!