domingo, 5 de abril de 2009

para outro poema de bruno zeni

Não sei se há remédio para esses dias em que tudo escapa. Dias assim, o peito é como um buraco negro que tudo atrai, com força descomunal. Um peito que dói, quente e pulsante. A garganta obstruída de expectativa frustada. Não sei se há remendo, conserto, ajuste - se há o que dê jeito. Se. Não são dias de choro ou desespero, antes fossem. São de tensionamento e ansiedade. Experiência fendida - eu a vejo em sua conformoção de fiapos de osso de fratura exposta.

2 comentários:

Dannilo disse...

Bonito e profundo!! Também não conhecia o Bruno Zenio!!

Um beijoooooooooooooooooo

Sandra Porto disse...

Lindo grafite, belo texto. Este sentir estranho atormentado de onde não se sabe, vida exposta feito espiga de milho sem a casca. Dói. Muito. Mas, busca ver. Bjs.