quinta-feira, 22 de maio de 2008

maio 1968




40 anos. E meninos continuam a grafitar muros dizendo que os sonhos não envelhecem. Não sei.

Estavam ali, na velha Maria Antonia, celebrando memórias de lutas, representando o embate que ali houvera. Um improvisado cenário de barricadas, sons de tiros e sirenes da polícia na caixa de som, um coro ensaiando o grito de guerra: ABAIXO A DITADURA!

Tive que parar, eu e mais três ou quatro testemunhas da história, empoderados de lembranças, olhos brilhando, juntando-se ao grupo de estudantes, assistindo ao ato da UNE. Não havia uma reivindicação, nenhuma palavra de ordem, uma luta específica. Era simples e tão completamente uma celebração da luta.

Sob uma garoa fina e as primeiras friagens de maio fui embora. A poucas quadras dali, sob o Minhocão, um grafite indagando novamente da História:


Que a chama libertária se mantenha acessa!

E o eterno retorno, o desejo de liberdade!




Nenhum comentário: