quinta-feira, 10 de junho de 2010

para um poema de roseana murray (2)


que a poesia
apanhe apenas o invisível
em sua rede de nuvens e vento
por exemplo
o leve lamento que atravessa a casa
quando o passado invade
tudo de repente
e com sua teia transparente
paralisa o gesto
no meio do movimento

que a poesia diga
o que não pode ser dito
pedra e sentimento