sábado, 23 de fevereiro de 2008

para um poema de hilda hilst


Águas. Onde só os tigres mitigam a sua sede.

Também eu em ti, feroz, encantoada

Atravessei as cercaduras raras

E me fiz máscara, mulher e conjetura.

Águas que não bebi. Crepusculares. Cavas.

Códigos que decifrei e onde me vi mil vezes

Inconexa, parca. Ah, toma-me de novo

Antiquíssima, nova. Como se fosses o tigre

A beber daquelas águas.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ei! ciúme mata que só! E leoas têm ciúmes para dar e vender...